sexta-feira, 18 de julho de 2008

Axé, cachaça e putaria

"Porto todo dia, axé cachaça e putaria. Porto todo dia, axé cachaça e putaria. Porto todo dia, axé cachaça e putaria. Porto todo dia, axé cachaça e putaria. Porto todo dia, axé cachaça e putaria. "

Quem em sã consciência bradaria tais palavras em alto e bom som, repetidamente durante uma semana de estadia em Porto Seguro?
O assustador é que muitas pessoas não só bradariam, como assim fizeram.

Por tempos lutei contra essa frase.
"Café, cachaça e putaria" ? "Café, fumaça e putaria" ?
Não. Nada combinava.
O café era aguado, o cigarro - além de banalizado - tinha um gosto anormal, e a putaria... Bem, a putaria talvez tenha sido o melhor item dessa frase. Mas apesar das magistrais formosuras (se é que me entendem), o bom senso e amor próprio falaram mais alto.
Claramente era um corpo estranho naquele lugar.

Porém, foi exatamente quando parei de tentar adaptar tal frase que todos os elementos magicamente se transformaram, e eu realmente passei a aproveitar a Bahia.
O axé virou rock, a cachaça virou martini, e a putaria... Continuou putaria, mas não vou entrar nesse assunto denovo.
O fato é que "ser levada pela maré" muito me rendeu. Lembranças, risadas e até um tererê.
Porto é axé, é cachaça e é putaria. Com certeza. Mas, parafrasiando um amigo meu, é o tipo de experiência que toda pessoa um dia deve ter.

Sim, a garota crítica, cult e too cool for school acabou se rendendo a uma simples viagem de formatura e a toda aquela nostálgica confraternização de estar acabando o ensino médio.

Depois de tal vergonhosa revelação, o melhor que faço é encerrar esse texto por aqui.
Antes, deixo uma pequena sugestão.
Assistem Invasões Bárbaras do Denys Arcand. Por que, quem sabe desperte alguma nostalgia que faça com que vocês entendem esse leve sentimento de algo ter acabado.

Beijos, abraços.