"Ele estava lá.
Entre seus familiares e amigos, tomava seu wiskhy previamente preparado por sua encantadora mulher.
Entre tantos sons emitidos pelas bocas daqueles que enchiam sua sala de estar, de longe se ouve o chiado do telefone. Sua filha, quase que despercebida, levanta e vai atendê-lo. Logo volta informando que era seu irmão do outro lado da linha.
Imediatamente passa a pensar se a notícia que lhe daria era aquela que estava esperando. Ao pegar o telefone, sem surpresas. Seu irmão lhe dizia que estava tudo certo e que, conseqüentemente, seus problemas haviam acabado. Porém, em sua mente, a solução dada por seu irmão, só faria começar uma série de outros problemas em que todos eles seriam acompanhados por um sentimento de culpa e ao mesmo tempo, medo por sua vida acabar atrás das grades.
Ao voltar para companhia de seus ilustres convidados, não parava de pensar no que estava acontecendo. Imediatamente vem a sua mente a imagem dela em um momento qualquer que passaram juntos. Sua cabeça não deixava agir normalmente.
Sua mulher pergunta se está tudo bem. Seu olhar não consegue mentir e, portanto sua boca faz esse serviço. Lamenta não poder ficar e acaba inventando uma desculpa relacionada a seu trabalho. Com a mesma feição de que algo estava errado, se despede de seus adoráveis amigos e segue para conseguir acreditar na notícia que seu irmão lhe dera.
Chega aquele apartamento que foi tantas vezes freqüentado por ele mesmo. Ao abrir a porta, preparado com suas luvas de couro pretas, afim de não deixar vestígios de sua permanência lá, depara-se com o corpo recém morto da mulher com quem manteve uma relação extraconjugal.
Ela o fitava diretamente em seus olhos como se soubesse que ele viria vê-la após seu assassinato. Sua boca escorria sangue, ao mesmo tempo em que mantia um lindo sorriso no rosto. Assim, morta, assassinada pelo homem que tanto amava, estava feliz, pois sabia que os problemas de seu amado terminariam com sua morte.
Deparado com essa cena de covardia, o ser tão amado busca pela casa indícios de sua relação. Não pelo fato que poderia sentir falta dela, mas sim, por medo de que algum dia virasse suspeito, ou mesmo culpado. Tudo que leva disso, é um porta retrato."
Cena de Crimes e Pecados - Woody Allen
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Deus
Ultimamente, minha vida tornou-se tão cheia de coisas que nem tenho tempo para meus próprios pensamentos. Mas, não posso ignorar a época. Vai chegando o fim de ano, e até os seres menos pensantes passam a refletir sua vida. Eu, porém, como uma eterna pensante, chego a uma conclusão, que por mais clichê e piegas que possa parecer, me faz ser quem sou.
Tudo começou com uma discussão domingueira sobre o significado de Deus.
Do dicionário tirei o seguinte:
do Lat. Deus
s. m.,
ser supremo, infinito, perfeito, criador do Universo;
divindade;
causa primeira e fim de todas as coisas;
Apesar de ter gostado mais da última, ainda não tinha me convencido.
O fato é que esta resposta depende do ponto de vista.
Os cristãos, acredito eu, tem Deus como criador do céu e da Terra. Os ateus nem mesmo nele acreditam. Os romanos, egípcios, assim como todos os politeístas, na falta de um têm vários. Mas, existe apenas um que é uma divindade masculina, superior aos homens, à qual se atribui uma influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo.
Seja qual for seu significado, hoje, sinto-me mais próxima de Deus. Não o Deus católico, romano ou egípcio. O meu Deus. Este vem na forma de mulher, um tanto quanto pequena e que me gerou nove meses em seu ventre.
Ironicamente meu Deus é o maior e o mais forte. Deu a mim toda a força para agüentar os tropeços da vida, e faz constantemente que esta força cresça. Acompanhou-me desde meus primeiros passos e sofre como eu sofro.
Meu Deus é humano no sentido mais completo desta palavra. Com suas falhas, que o faz tão especial, é benigno, compassivo e bondoso. Tem um sentimento que poderia cobrir todo o mundo de paz.
Hoje, não imagino minha vida sem ele. Mesmo quando não presente fisicamente, está lá em todos os meus gestos, pensamentos e modo de encarar a vida.
Estarei sempre como ele, pois sei que não me abandonará apesar de todos meus defeitos, quase que imperdoáveis.
Na meia-noite, desse seis de dezembro de 2008, completará mais um ano de vida e apenas o que posso oferecer é minha eterna devoção e esta sincera homenagem.
Mãe, feliz aniversário.
Tudo começou com uma discussão domingueira sobre o significado de Deus.
Do dicionário tirei o seguinte:
do Lat. Deus
s. m.,
ser supremo, infinito, perfeito, criador do Universo;
divindade;
causa primeira e fim de todas as coisas;
Apesar de ter gostado mais da última, ainda não tinha me convencido.
O fato é que esta resposta depende do ponto de vista.
Os cristãos, acredito eu, tem Deus como criador do céu e da Terra. Os ateus nem mesmo nele acreditam. Os romanos, egípcios, assim como todos os politeístas, na falta de um têm vários. Mas, existe apenas um que é uma divindade masculina, superior aos homens, à qual se atribui uma influência especial, benéfica ou maléfica, nos destinos do Universo.
Seja qual for seu significado, hoje, sinto-me mais próxima de Deus. Não o Deus católico, romano ou egípcio. O meu Deus. Este vem na forma de mulher, um tanto quanto pequena e que me gerou nove meses em seu ventre.
Ironicamente meu Deus é o maior e o mais forte. Deu a mim toda a força para agüentar os tropeços da vida, e faz constantemente que esta força cresça. Acompanhou-me desde meus primeiros passos e sofre como eu sofro.
Meu Deus é humano no sentido mais completo desta palavra. Com suas falhas, que o faz tão especial, é benigno, compassivo e bondoso. Tem um sentimento que poderia cobrir todo o mundo de paz.
Hoje, não imagino minha vida sem ele. Mesmo quando não presente fisicamente, está lá em todos os meus gestos, pensamentos e modo de encarar a vida.
Estarei sempre como ele, pois sei que não me abandonará apesar de todos meus defeitos, quase que imperdoáveis.
Na meia-noite, desse seis de dezembro de 2008, completará mais um ano de vida e apenas o que posso oferecer é minha eterna devoção e esta sincera homenagem.
Mãe, feliz aniversário.
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