segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Age of Aquarius

Era sexta feira 13. Fevereiro, 2009.
O dia cabalístico e carregado de superstições tornou-se até esperançoso para a nova era do zoadíaco.
No dia seguinte começaria a Era de Aquarius.
A Era de Aquarius, é o momento esperado por quase todos os fanáticos por astrologia, ou mesmo aqueles que esperam uma mudança sem qualquer esforço para que isso aconteça.

Poderia dar inúmeras explicações sobre a Era de Aquarius e propriamente o que ela significa, mas para simplificar, apenas direi o que 5th Dimension já disse: a lua vai para sétima casa e Júpiter se alinha a Marte.
A sétima casa é a casa das oportunidades, portanto, o mito em que se envolve é que em Aquarius a humanidade viverá em perfeita harmonia.

Tudo bem. Devo admitir que as forças do zoadíaco realmente influenciam a minha vida. Mas, querer acreditar que devido ao alinhamento de Júpiter e Marte os homens parassão a se respeitar é abusar muito da minha racionalidade.

Difícilmente acredito na boa intenção, ou no caráter humano. Para mim, cada ser é egoísta dentro do seu próprio limite. Certa vez, entre três amigos, tal discussão veio a tona rendendo pelo menos duas horas de discussão e um maço de cigarros, e no final, conclusão alguma.

Sim, tudo isso pode soar como pessimismo. Mas, vamos aos fatos.
Momentos antes da entrada de Aquarius, duas amigas se encontravam em um show, onde a propria banda prega o familiarismo. Horas depois, a lua já estava na sétima casa, e então as amigas foram assaltadas. Um celular foi a única coisa levada. Porém, sendo uma "era de fraternidade universal baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais de maneira equitativa para todos e com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual" um assalto te parece certo?

Concordo que não devo apreender minhas conclusões sobre a humanidade numa simples decepção com o zoadíaco. Assim como faz todo o sentido querer viver em um sociedade igualitária onde o vizinho de cima respeita o horário do silencio. Mas caindo na real, o quão distante está nossa capacidade de elevação a tão esperada liberdade? E se um dia conquistarmos, estaremos realmente satisfeitos?


Assita: Hair-Milos Forman

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Drama queen

"Você é muito dramática", ela disse.
Com essas quatro palavras fui colocada em uma das posições mais vulneráveis da minha vida.
Dramática. A palavra entrou pelo meu canal auditivo, atingiu o tímpano, passou por todos aqueles orgãos com nomes exdruchulos, a ao chegar em alguma parte de meu cerebro, bum! Deu-se a melhor, e ao mesmo tempo a mais cruel, descoberta dos últimos tempos.
Eu sou dramática.

Confesso que não foi grande surpresa para mim. Mas nunca quis que minha tendencia ao drama fosse notada por alguém. Analisando a situação, o modo em que fui julgada não foi tão justo, nem ao mesmo sensato, foi completamente superficial. Porém a conclusão tirada não deixou falhas.

Demorei muito tempo para adimitir para mim mesma que era, sim, dramática. Até negei na hora em que ela me disse. Mas é inevitável mentir para si mesma quando se tem, não só um apurado senso crítico, como um excelente terapeuta.

Entenda leitor, ser dramática não é facil, nem mesmo muito bem visto. Mas, exige um grande amor pela vida e por tudo aquilo que ela feita.
Amo meus amigos, minha família e minha forma viver. Por isso que quando um amigo me chateia, meu pai não me entende ou minha vida não segue para onde eu havia determinado, meus olhos se enchem e desta forma o dilúvio desce à Terra. Pelo menos, para minha Terra.

Eu sou dramática. Sim.
Porém, com meu drama consigo absorver uma certa beleza em todos os momentos.
Pois sei que no final de cada dilúvio, o solo estará mais fértil e vai me render aquelas cenas de comerciais de suco de caixinha sabe? Com vastos e ricos pomares!

Dramaticamente meu mundo está se transformando.
Aos poucos, mas pelo menos eu sei que ele nunca vai parar.